Coronel Fonseca pede reconhecimento
aos praças por "serem o pilar mais forte da Segurança Pública"
Coronel MARCOS FONSECA
IMAGEM DE ARQUIVO
SALA DE REDAÇÃO - VOX Personalidade
Terça, 21/9/2021, às 09h28min - THATIANNE JARDIM
A plataforma VOX Personalidade, cuja destinação é reconhecer pessoas que “fizeram por Teófilo Otoni e região” nos últimos tempos, gira o seu foco para a Segurança Pública. O nome escolhido pelo nosso CE – Conselho Editorial - é o do ex-comandante do 19º Batalhão de Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Marcos Fonseca.
Ao ser procurado pela Editoria do VOX, o militar da reserva advertiu para o fato de não lhe parecer muito justa essa distinção. Ele lembrou que a Segurança Pública da cidade e região é responsabilidade de um oficial que está na ativa e, por isso, julgou “inapropriado ser ele o focalizado em um conteúdo de tal natureza”. VOX explicou a destinação da matéria e ainda, assim, o coronel Marcos Fonseca insistiu em que a atual gestão tem feito um trabalho digno, e merece ser reconhecida por toda a sociedade.
Apaixonado pela causa de animais abandonados e um voraz consumidor de livros e de toda ordem de informação, ele trocou algumas ideias com VOX, mas apenas em caráter informal. O ex-comandante lembrou que leva uma vida simples, voltada para sua família e para os verdadeiros amigos, e, perguntado oficiosamente, fez questão de frisar que os atuais gestores da Segurança Pública acertam muito mais do que erram. E uma das questões que, segundo ele, mais problematizam os resultados alcançados é a complexidão da área em que o décimo-nono atua.
Falando como alguém que detém inquestionável experiência, o coronel Fonseca fez questão de encaminhar uma referência direta aos praças que “são os maiores sacrificados pelo sistema”. E explicou: “Os praças, mais do que todo o oficialato, são a cara da Polícia na rua. E quem vê a Polícia através de cada um desses praças, não imagina as dificuldades que eles têm que superar todos os dias para cumprir as tarefas que lhes cabem. Salário questionável, equipamento ruim e contingente deficiente é apenas uma fração do problema. Policiais que sacrificam sua vida, sua família, que não têm um plano de carreira e que trabalham em uma cidade que não foi (e nem tem sido) planejada para produzir Segurança Pública”.
Para surpresa da editoria do VOX, já que o coronel Marcos Fonseca sempre foi identificado pela “mão firme” com que levou o seu comando, ele ressaltou a importância da base da tropa que é quem, na verdade, coloca-se de frente para os problemas cotidianos da população. “Pensando em que prestamos serviços à comunidade e pensando em que os homens na rua é que têm que desnovelar impasses os mais diversos, a base da Polícia é que precisa ser repensada pelo Estado. Tornar a vida dos praças menos difícil, vai refletir diretamente nos resultados contra a criminalidade que são desejados pelos gestores da máquina pública”, advertiu o coronel.
Lembrando o fato de que comandar não é fácil, o coronel Marcos Fonseca finalizou: “Conheço cada canto desta cidade e os seus problemas. Vi violência dos homens, mas também vi violência do Estado sujeitando crianças inocentes à fome e ao abandono. Vi criminosos, sim, mas vi também heróis que, mesmo sem o que colocar na mesa da sua família, escolhiam a correção, o exemplo. Quanto à minha tropa, estive particularmente na vida de cada homem que trabalhou comigo e que deu o melhor de si para que a Polícia fosse grande. Tivemos, é verdade, um problema aqui e outro ali, com um ou outro comandado; mas isso é natural. Hoje, olhando de outra perspectiva, resta-me agradecer aqueles que entenderam o que pretendi construir e aqueles que me ajudaram a enfrentar com mão pesada os bandidos que se atreveram a querer apossar-se da nossa cidade. Quer saber? Estou em paz.