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Caraí e Novo Cruzeiro
combatem violência doméstica

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SALA DE REDAÇÃO - Do G1
Quinta, 23/9/2021, às 09h28min - VANESSA FERNANDES
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Cerca de 50% dos 5 mil processos criminais da comarca são de violência contra a mulher. Os Municípios de Novo Cruzeiro (Vale do Jequitinhonha) e Caraí (Vale do Mucuri) iniciaram, neste setembro (2021), o Projeto Luana.  Trata-se de uma ação voltada para a realização de grupos reflexivos para homens agressores, num contexto de violência doméstica e familiar.

 

A iniciativa foi apresentada pelo Poder Judiciário, em parceria com outras instituições públicas, no último dia 9 (09/21), e mobilizou autoridades locais e representantes da sociedade civil. O projeto tem o objetivo de contribuir para uma mudança de mentalidade na comarca, onde cerca de 50% dos 5 mil processos criminais se referem a casos de violência contra a mulher.

Com o apoio do projeto, o Poder Judiciário, ao deferir medida protetiva de urgência à vítima de violência doméstica e familiar, pode também determinar que o autor compareça aos grupos reflexivos.

FEMINICÍDIO

O projeto foi batizado de Luana em homenagem a uma das vítimas de violência da Comarca de Novo Cruzeiro. Luana era moradora de Caraí, município integrante da comarca, e foi alvo de um feminicídio. O crime, ainda na fase de instrução processual, teve grande repercussão na região.

O projeto, que certamente mudará a vida de muitas pessoas, foi idealizado pelo delegado Robert Levy. Ao longo da estruturação do projeto, novas instituições se tornaram parceiras, como a Polícia Militar, o Município de Caraí, a Defensoria Pública e a Faculdade Presidente Antônio Carlos de Teófilo Otôni – Alfa Unipac.

Segundo a juíza da comarca, Samira da Cunha Ribeiro Morais, o objetivo é que o projeto mude a perspectiva do enfrentamento da violência contra a mulher, numa região onde essa prática está enraizada. Ela explica que, na comarca, há registros de todos os tipos de violência doméstica e familiar. “Todo o ciclo é percorrido, da ameaça às vias de fato, passando pelas lesões corporais e o dano patrimonial até culminar no feminicídio” – diz.

PATRIARCADO

A magistrada acredita que a iniciativa tem grande importância e precisa ser difundida. “Seu objetivo primordial é mudar a cultura do patriarcado que está arraigada no interior de Minas Gerais, mais precisamente no Vale do Jequitinhonha, onde muitos homens ainda enxergam a mulher como objeto de posse e/ou propriedade” – afirma.

Para Morais, a mudança de paradigma implicará valorização da mulher. “Queremos conscientizar os homens sobre a importância deles no contexto familiar e social, bem como sobre o papel deles na sociedade e na proteção às mulheres: sejam suas filhas, esposas, mães, irmãs, companheiras, sobrinhas, enteadas etc. Também desejamos coibir a reincidência e interromper o ciclo da violência logo em seu início”.

Uma das bases do projeto é o reconhecimento do quanto é importante ampliar o atendimento para além da mulher agredida, alcançando também o acusado e as crianças e adolescentes que são afetados pelo cotidiano de agressões.

Entre os temas que devem ser abordados nas dez oficinas estão: o impacto da violência familiar; a banalização da violência; a possibilidade de mudança pessoal; os tipos de violência; relacionamento opressor e violento; responsabilização; visões estereotipadas dos papéis de homens e mulheres; dificuldades de comunicação; fundamentos do ato violento (insegurança, ciúme, possessividade, baixa autoestima, depressão e ansiedade, histórico de violência familiar na infância, uso abusivo de álcool e drogas); controle da raiva e da impulsividade; e ressignificação da masculinidade. (Fonte e foto: TJMG)

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